INÍCIO

quinta-feira, 21 de março de 2013

Serra & Campos? Aliança Esdrúxula!


REFORMA POLÍTICA JÁ

Saiu no 247


Revelação foi feita pela jornalista Eliane Cantanhêde, que tem bom trânsito no ninho tucano; ela especula até que José Serra poderá vir a ser vice de Eduardo Campos, numa chapa capaz de fortalecer o governador pernambucano em São Paulo; aproximação ocorre justamente no momento em que o ex-governador paulista cogita deixar o PSDB e tem convite para entrar no PPS, que já hipotecou seu apoio a Campos.


247 - A jornalista Eliane Cantanhêde, uma das mais próximas do PSDB, fez uma revelação de alto impacto político em sua coluna desta quinta-feira, na Folha de S. Paulo. Segundo ela, o governador pernambucano Eduardo Campos teve um encontro secreto com o ex-governador paulista José Serra, dias atrás. Diz ela ainda que um poderá ser vice do outro e a aproximação ocorre justamente no momento em que José Serra cogita deixar o PSDB, insatisfeito com a entrega de todo poder ao senador mineiro Aécio Neves. Serra tem convite de Roberto Freire, presidente do PPS, para se mudar de mala e cuia. Leia abaixo:


Campos e Serra


BRASÍLIA - Um dado relevante da pesquisa CNI-Ibope sobre a popularidade da presidente é o período de campo (minado para a oposição): os eleitores foram ouvidos de 8 a 11 de março, ou seja, exatamente em cima do Dia da Mulher e do pronunciamento em que Dilma anunciou, em tom de campanha, pela TV, o fim de impostos da cesta básica. Deve ter sido coincidência...


E um resultado muitíssimo relevante é que a popularidade dela subiu fora da margem de erro e bateu em 85% no Nordeste, região muito populosa, que rendeu votações decisivas para Lula e Dilma e é fundamental para a candidatura Eduardo Campos. Com 85% de Dilma, ele tem pouca margem para trabalhar. E, sem o Nordeste, pode ir tirando o cavalinho da chuva.


Enquanto Campos tenta se viabilizar e Aécio debate tecnicamente o esfarelamento da Petrobras, a agenda de Dilma é concreta e simbólica, ao mesmo tempo: foto e sorrisos com Francisco, o papa "dos pobres"; redução na conta de luz e no preço do prato que vai à mesa dos brasileiros todo santo dia; pesquisas que demonstram força e sossegam aliados afoitos; ministérios para os partidos; muitas viagens ao Nordeste.


Essa estratégia, aliada à imagem de mulher firme, mantém a presidente como favorita. Não evita, porém, a ameaça do segundo turno, que é sempre uma pedreira - e custa caro.


A ameaça é bastante real, com Aécio prometendo grande votação em Minas, Campos abrindo uma cunha no Nordeste, Marina acolhendo os "sonháticos" e Gabeira embalando o voto "cult", sem falar que Chico Alencar (PSOL) pode criar uma opção para o que resta da esquerda pura.


Ah! Por falar nisso, José Serra e Eduardo Campos se encontraram sigilosamente em São Paulo. E não foi para falar de flores. Já tem gente até sonhando com uma chapa geográfica e sinuosa: Campos e Serra. Em política, nada é impossível.


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