Relator da ONU Defende a Democratização da Comunicação

Do Brasil de Fato  

O relator especial para Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, defendeu que o governo brasileiro regule a distribuição das concessões de rádio e TV, com o objetivo de evitar que conglomerados dominem os meios de comunicação. Nesta quinta-feira (13), La Rue participou de dois encontros sobre liberdade de expressão e concentração de mídia no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) e na Câmara Municipal de São Paulo.

Para La Rue, o problema é que os grandes conglomerados esquecem que as mídias comunitárias também são imprensa e que as telecomunicações não podem ser vistas somente pelas óticas do mercado, pois setores mais pobres “também têm o direito a reproduzir sua cultura para proteger suas identidades”.  

Segundo o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (EPCOM), somente a Rede Globo, Bandeirantes e SBT aglutinam juntas 668 veículos em todo o país. São 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. Ainda de acordo com a EPCOM, só a Globo detém 33,4% do total de veículos ligados às redes privadas nacionais de TV e controla o maior número de veículos em todas as modalidades de mídia: 61,5% de TVs UHF; 40,7% dos jornais; 31,8% de TVs VHF; 30,1% das emissoras de rádio AM e 28% das FM.

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Atitude do STF escandaliza relator das Nações Unidas

 

Atitude do STF escandaliza relator

das Nações Unidas

Relator especial da ONU para liberdade de expressão, Frank William la Rue se disse escandalizado com a atitude do Supremo Tribunal Federal de derrubar a vinculação horária da classificação indicativa dos programas de televisão. Em uma visita não oficial ao Brasil, a convite do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, o relator preferiu não se pronunciar sobre a concentração de poder na mídia nacional, ou a absoluta falta de marcos regulatórios para o segmento, a exemplo daqueles em vigor nos países desenvolvidos.

La Rue referiu-se à ação de inconstitucionalidade apresentada pelo PTB e apoiada pelas emissoras de TV que tenta derrubar a obrigação das emissoras respeitarem faixas horárias para veicular programas voltados apenas a determinadas idades. As palavras do relator foram claras.

– Fiquei escandalizado que o Supremo Tribunal Federal esteja vendo conflito entre liberdade de expressão e a proteção à infância. Não posso entender e em nenhum país vi uma corte suprema que esteja disposta a sacrificar a proteção da infância por outros interesses. É absolutamente absurdo. A vinculação horária não é uma violação à liberdade de expressão. A liberdade tem limites. Defendo a liberdade ampla, mas reconheço os limites. Neste caso, o Estado tem obrigação de regular a proteção da infância. Senão, dá-se a impressão de que interesses econômicos podem se sobrepor a outros interesses – afirmou.

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FÁBIO LUÍS (FILHO DO LULA) – MAIS UM CASO DE ASSASSINATO DE REPUTAÇÃO PELA VEJA

  Veja acusou filho de Lula. E agora?

Do Blogdo Miro

O Ministério Público e a Polícia Federal decidiram arquivar as investigações sobre as suspeitas de tráfico de influência nos negócios de Fabio Luis, filho mais velho do ex-presidente Lula. O inquérito durou longos sete anos e os dois órgãos concluíram que não houve nada de irregular nas atividades empresarias dele na firma Gamecorp.  A decisão pelo arquivamento foi proferida pelo Ministério Público Federal. Para o procurador Marcus Goulart, todas as acusações contra Fabio Luis “são absolutamente insuficientes” e “infundadas”.

As primeiras acusações contra o filho do ex-presidente Lula foram feitas pela revista Veja – o que não é de se estranhar. No clima da eleição presidencial de 2006, a publicação fascistóide da famiglia Civita deu uma capa espalhafatosa contra “O ‘Ronaldinho’ do Lula”, insinuando que ele seria um “fenômeno” no mundo dos negócios. Na sequência, o que também não causa surpresa, jornalões e emissoras de tevê repercutiram as denúncias e a oposição demotucana seguiu a trilha aberta pela Veja para acusar o ex-presidente.

Concluída a investigação do MPF e da PF, como fica a revista Veja? A Justiça vai continuar protegendo a publicação do Grupo Abril? Ela pode acusar sem provas, de maneira leviana e criminosa? A “presunção de inocência” foi retirada da Constituição Federal? A família Civita está acima das leis e do Estado de Direito?  

MÍDIA COPORATIVA – SERÁ QUE MERECE CREDIBILIDADE?

MÍDIA COPORATIVA – SERÁ QUE MERECE CREDIBILIDADE?

“A televisão é a face mais horrenda da democracia.” Paddy Chayefsky

“Quando o dinheiro fala, a verdade cala.”    Provérbio Chinês.

   Uma das premissas básicas do jornalismo é ouvir ambos os lados, e agir com imparcialidade. 

   Os meios de comunicação são concessões públicas, dos quais se deve exigir ética no cumprimento de suas funções.

   No serial sobre o “Criacionismo”, do programa “Está Escrito”, diz o Pr. Fernando Iglesias: “Será que você está exercendo de fato a sua liberdade de escolha? Já o jornalista Michelson Borges, autor de vários livros sobre o Criacionismo assim manifesta-se sobre a atuação tendenciosa da mídia em relação ao evolucionismo & criacionismo: “Uma das premissas básicas do jornalismo e ouvir ambos os lados”.

   Mas, você acha que é só com relação a esse tema que a mídia age de forma tendenciosa?

   Só não vê quem não quer que a mídia brasileira, capitaneada pela Globo, sempre é agir na defesa dos interesses dos seus patrocinadores e não dos interesses do povo. Pois a mídia é um instrumento fundamental para se fraudar a democracia, conforme os interesses de quem paga mais. Essa é a teoria de mercado, enaltecido pela Globo & Cia. Não é à toa que é considerado o quarto poder. Quem conhece a história dos meios de comunicação de massa no Brasil, principalmente da Globo, empresa criada nos porões da ditadura militar, sabe do que estou falando. Veja no YouTube o vídeo intitulado "Muito Além do Cidadão Kane).

   Veja também o vídeo esclarecedor intitulado "Levante Sua Voz", acessando o link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=KgCX2ONf6BU

   Só para se ter uma idéia de como a corporação da mídia brasileira é tendenciosa e inescrupulosa, vou citar um caso recente, que aconteceu com o jornalista Felipe Milanez. Terça-feira, 11 de maio de 2010, ele foi demitido da  National Geographic Brasil, da Editora Abril, por ter criticado matéria da VEJA no Twitter dele. Ao jornalista é negado o direito de pensar e agir de acordo com a sua consciência. Para ler toda a matéria dessa denúncia acesse:

 

http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/2010/05/11/abril-demite-editor-que-criticou-materia-da-revista-veja-no-twitter/

   Quem tem olhos de ver percebe que a corporação de mídia brasileira presta um desserviço à nossa ainda frágil democracia. Quando chega a época de eleição a coisa fica pior ainda. É tal de mente X desmente. 

Mas, quem está com a verdade? Como identificar a informação verdadeira, da informação falsa, fabricada para enganar os eleitores? E, o que fazer para cumprir o papel de cidadão de forma eficaz, num país democrático, se estar bem informado é condição primordial para o exercício consciente da cidadania?

   Portanto, analise a fonte da informação e a credibilidade de quem diz. Isso tudo é muito importante, uma vez que estar bem informado é condição primordial para um posicionamento político consciente e responsável no meio social em que vivemos, e para a construção da cidadania, principalmente quando se vive num país de regime democrático.