Dois projetos: dois
modos de governar
Estão
em disputa dois projetos de governo: um focado no modelo econômico
desenvolvimentista, e o outro focado no modelo monetarista.
A
primeira coisa que você precisa saber é PORQUE ACONTECE A INFLAÇÃO, PELA ÓTICA DE
CADA UM DESSES MODELOS:
PELA
ÓTICA DOS DESENVOLVIMENTISTAS é porque não têm produtos suficientes para
atender as necessidades do povo, ou porque o povo NÃO TEM RENDA SUFICIENTE para
adquirir os produtos, inclusive os necessários para a sua sobrevivência.
Pela
ótica dos monetaristas é porque a renda do povo está excessiva, E PRECISA SER
REDUZIDA, para não ter condições de comprar. É assim que eles controlam a
inflação: MASSACRANDO A RENDA DO POVO.
Existe
todo um processo para esse massacre que eles impõem. A redução da renda é
apenas uma das consequências. Vem antes o desemprego, e finalmente A DESTRUIÇÃO
DA PRÓPRIA VIDA.
A
ideia é essa: TIRAR-NOS AS CONDIÇÕES DE ADQUIRIRMOS AS NOSSAS PRÓPRIAS RIQUEZAS,
assim, sobra para que eles possam colocá-las no mercado, PARA QUEM PAGAR MAIS, os
que pagam com dólares, claro. Vamos
detalhar como esse processo covarde acontece:
O
primeiro passo é reduzir O PODER DO ESTADO, na condição de poder representativo
do povo, PARA QUE NÃO TENHA CONDIÇÕES NENHUMA DE PROMOVER O EQUILÍBRIO. Nesse processo, a redução do poder do Estado
passa pela redução do seu tamanho, o que é inviável, numa democracia fraca,
como a nossa. O poder do Estado teria
que ser substituído pelo poder de organizações fortes, coisa que não temos. É
por isso que eles defendem O ESTADO MÍNIMO, focado nas (*) privatizações. A
segunda forma de inviabilizar o poder do Estado, para que não tenha condições
de cumprir o seu papel, veremos depois de mostrar o que eles fazem PARA INVIABILIZAR
A CADEIA PRODUTIVA E FAVORECER O CRESCIMENTO DA RENDA DO MERCADO DE CAPITAIS. E
aí você vai entender porque eles querem um Banco Central independente.
Vamos
ver, então, como é conduzida a dinâmica dessa política monetarista: a primeira
coisa que fazem é elevar os juros aos píncaros e restringir o crédito. Dessa forma
o mercado produtivo fica inviabilizado. Por outro lado, AS APLICAÇÕES
FINANCEIRAS TORNAM-SE MUITO MAIS ATRATIVAS. Assim os empresários optam por
investir NO MERCADO DE CAPITAIS, ao invés de investir na produção. E o que acontece como consequência? O AUMENTO
DO DESEMPREGO, que, por sua vez, resulta na degradação da renda e da própria
condição de sobrevivência de todos, que precisam de emprego e renda, para sobreviverem
com dignidade.
Só
isso? Não, ainda tem mais. Como já coloquei acima, é fundamental para eles
inviabilizar o poder representativo do Estado, assim, além da redução do seu
tamanho, tem mais uma perversidade que eles fazem, para que o Estado não tenha
condições de promover o a assistência necessária. Fazem o seguinte: PROMOVEM O
ESVAZIAMENTO DA RECEITA DO ESTADO, focando maior percentual da arrecadação sobre
a produção, deixando o mercado de capitais livre e solto para auferir lucros
altíssimos, à custa da sangria do povo.
Os
trabalhadores sangram, enquanto os rentistas riem. É por isso que o resultado
dessa política covarde, imoral e corrupta em sua essência É UM QUADRO SOCIAL
DANTESCO, pois, ao mesmo tempo em que se aumentam as necessidades do povo,
reduz-se as condições do Estado atender as demandas.
Entenderam
porque em tempos do governo FHC o Brasil era o campeão da desigualdade social.
É
isso que você quer trabalhador? É isso que vocês querem cidadãos de bem?
É
isso que vocês querem “homens de Deus”? Saibam que ser a favor da vida não é
apenas ser contra o aborto.
(*)
Privatizações – além de cumprir o papel de reduzir o poder do Estado, servem
também para que eles salvem parte de suas moedas podres, forjadas à custa
sangria do povo, APLICANDO-A EM ATIVOS REAIS.
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