Na era FHC, vivíamos sob o poder de um monstro
destruidor chamado mercado...
Nos tempos de inflação alta, sem dúvida, ela poderia ser
perfeitamente representada por um monstro destruidor, que corroia a renda do
povo. Mas, nem todos tinham motivos para correr desse monstro. O setor financeiro
lucrava, e lucrava muito. E, será que em tempos de deus mercado é diferente?
No princípio, as moedas foram criadas para representar as riquezas
produzidas, para facilitar as transações comerciais, cada vez mais complexas.
Mas, para cumprir a sua função precisa ser produzida de forma criteriosa, para
que possa, realmente, representar a chamada economia real de um país.
O processo de inflação deveria ser contido mediante a produção de
bens e serviços na medida necessária para o atendimento das necessidades do povo.
Mas, hoje não é mais assim, além da moeda outros papéis foram criados. Estes
representam NÃO mais as riquezas produzidas, MAS, TAMBÉM O EGOÍSMO E A AMBIÇÃO de
um mercado financeiro voraz. Sua dinâmica é realizada através de papéis gerando
papéis, sem lastro na economia real, SÃO CHAMADOS DE PAPÉIS PODRES, OU CAPITAL
VOLÁTIL.
Hoje mais da metade do PIB mundial, muito dinheiro, na casa dos
trilhões de dólares, É CONSTITUÍDO POR ESSAS MOEDAS PODRES - é o capital
especulativo, que, “como ávidos piratas, roda o mundo todos os dias, via
computadores, em busca de aplicações que lhe rendam mais juros”. Também atuam
nas bolsas de valores, jogando para mais ou para menos o valor das ações de uma
empresa, de acordo com os seus interesses, COMO FAZEM COM A PETROBRAS. Assim roubaram a Vale do Rio Doce. Pois, elles precisam investir suas moedas podres em riquezas reais, porque correm riscos de se evaporarem, nas tais crises financeiras. Em tempos de FHC o Brasil virou uma roleta de cassino.
O neoliberalismo foi criado como estratégia para favorecer a dinâmica
do mercado de capitais - as tais moedas podres - em detrimento do modelo econômico desenvolvimentista, voltado para a produção de bens e serviços, para atender as necessidades do povo.
Em tempos de
FHC, vivíamos sob o poder destruidor de um monstro chamado mercado. Os excertos
de alguns capítulos do livro de minha autoria “Uma ex-tucano que caiu na real”,
dão uma ideia do que foi essa era de trevas, do governo FHC, de total submissão
ao deus mercado. E o Banco Central nem tinha total independência... Acesse-os aqui.
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