A
política econômica monetarista, do governo FHC, teve a sua dinâmica realizada,
principalmente, através da criação de papéis sem lastro, ou seja, não
representavam um bem ou serviço efetivamente produzido. Por isso são definidos
também como títulos podres ou capitais voláteis. Logo, é óbvio que um sistema
econômico que se sustenta em base podre (corrupta) não pode ser estável. Os
grandes especuladores, detentores de grande quantidade de papéis podres,
não vão ficar eternamente com esses "micos" na mão. E, como têm
grande quantidade de papéis, na casa dos trilhões, metade do PIB do planeta,
manipulam o sistema financeiro do mundo todo. Operando na economia globalizada
através dos computadores, provocam as tais crises, chamadas de "ataques
especulativos".
A
capacidade de um país honrar seus compromissos em dólares, ou seja, pagar suas
dívidas, no exterior, é o que define a sua maior ou menor vulnerabilidade a
esses ataques.
Submetendo-se
totalmente a política econômica externa, o Brasil tornou-se totalmente
dependente do capital especulativo. Logo, totalmente vulnerável à sanha desse
capital predador.
As
tais crises especulativas são também uma estratégia, utilizada pelos grupos
mais fortes, para abocanharem os mais fracos, ou seja, aqueles que "apostam
errados”, nas roletas dos “cassinos” que substituem o enriquecimento com base
na produção.
Em
tempo de FHC o Banco Central comandava a promiscuidade, para salvar os bancos que
apostavam errado. O caso mais vergonhoso e imoral foi o do Banco Marka FonteCidam.
Confira abaixo:
De
suspeita de vazamento de informações à montagem de uma farsa (o Banco Central
pediu a Bolsa de mercadorias & Futuro que lhe enviasse uma carta com apelo
por socorro), para justificar a operação de salvamento do Marka/FonteCindam, a
desvalorização do real, em janeiro de 1999, foi caracterizada por fatos
"atípicos", que causaram ao bolso do povo, que é quem vai pagar a
conta, mais de R$ 48 bilhões de reais. Portanto, mais do que o valor emprestado
ao Brasil, pelo FMI, por ocasião dessa crise.
Faço
minha as palavras do jurista Celso Antonio Bandeira de Melo, que assim
manifestou-se, em repúdio à atuação do Banco Central, nessa questão: " ...tomam
os brasileiros por imbecis. A ideia, a concepção deles é que basta produzir uma
palavra sistêmica e imediatamente o nosso cérebro paralisa.