Sabemos
que, desde que o mundo é mundo, existem dois polos de leis e atitudes, nos
quais os interesses contrapõem-se: uns lutam pela construção da humanidade e
outros pela destruição. Dessa forma, como os interesses são opostos, o que é
imoral para um grupo é moral para o outro.
Existem
doutrinas que visam a construção da humanidade, face o reconhecimento do valor
intrínseco do homem, pelo qual todo ser humano tem o direito de viver uma vida
plena. O cristianismo (de Cristo e não dos Malafaias), o humanismo e a
democracia são doutrinas que têm esse ponto em comum, ou seja, visam o supremo
bem da humanidade, assim como os preceitos, baseados nas suas respectivas leis
morais, concorrem para esse fim.
A
isonomia e o direito ao trabalho, com remuneração digna, que garanta atender as
necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família, como moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, etc., são alguns dos direitos constitucionais
do cidadão trabalhador brasileiro, que se enquadram dentro da lei moral, pela
ótica de qualquer uma das doutrinas acima citadas, ou seja, do cristianismo, do
humanismo e da democracia.
Fazem
parte, portanto, do sistema de regulamento, ou direito, baseado na lei moral de
doutrinas que concorrem para a construção da humanidade. Todavia, como nenhuma
sociedade é homogênea no sentido da construção do bem comum, existe também o
sistema de regulamento baseado na lei moral das doutrinas que concorrem para a
destruição do ser humano.
O
capitalismo selvagem, gerado pela ambição de ter cada vez mais, é um exemplo de
doutrina que se opõe à construção do bem.
No
Brasil, para os que promovem a destruição, é moral:
Garantir
lucros exorbitantes ao capital especulativo, à custa da sangria do povo.
Garantir
a posse da terra para grandes latifúndios, embora a Constituição garanta que “a
propriedade atenderá à sua função social.”
Impor
ao trabalhador desemprego e perdas salariais, através dos vários planos
econômicos implementados, embora o Brasil seja apontado como um dos piores
países em distribuição de renda, e mesmo que essas perdas impliquem na
sobrevivência ou redução da qualidade de vida do trabalhador.
Os
trabalhadores brasileiros estão vítimas desse processo covarde e imoral,
adotado em nosso país.
Valorizada
artificialmente, a nossa “moeda forte” não tem condições de se sustentar, em
longo prazo, sobrando, naturalmente, e cada vez mais, para os cidadãos
escolhidos para o sacrifício: os trabalhadores.
Numa
economia de mercado é necessário que a OFERTA de produtos, bens e serviços seja
maior do que a PROCURA, para que se mantenha a estabilidade dos preços, ou, até
mesmo, produza uma queda do valor, processo chamado de deflação.
Num
país, a condição de MAIOR OFERTA pode ser alcançada através dos seguintes
processos:
REDUÇÃO
DE PODER DE COMPRA DO POVO, conseguido principalmente através do arrocho
salarial e desemprego. É óbvia, a falta de recursos (renda do povo) reduz a
procura, forçando-se, desse modo, a estabilidade dos preços.
AUMENTO
DA PRODUÇÃO traduzido em crescimento real da economia do país.
IMPORTAÇÃO
DE MERCADORIAS, ou seja, oferta de produtos de outros países.
A
seguir, vejamos as consequências, para o povo, da adoção de cada um desses
processos:
A
REDUÇÃO DO PODER DE COMPRA DO POVO, num país como o Brasil, oitava economia do
mundo, É UMA OPÇÃO COVARDE, na medida em que visa sacrificar o povo, para a
manutenção dos privilégios das elites dominantes. Esse processo aumenta o fosso
entre ricos e pobres. Até mesmo o jornal “O Globo”, não tendo mais como negar
as evidências, já admite, conforme manchete do seu caderno “Economia”, edição
de 10 de agosto de 1997: “Aumenta a concentração de renda – Passados os
primeiros efeitos do Plano Real, voltou a crescer a diferença entre pobres e
ricos.”
O
AUMENTO DA PRODUÇÃO traduz a materialização de riquezas, por isso, alavancar o
processo produtivo é de fundamental importância para tornar um país
efetivamente rico, NO SENTIDO DE CRIAR AS CONDIÇÕES DE UMA VIDA DIGNA PARA O
SEU POVO. Sabemos, todavia, que a política econômica adotada é fator
determinante do nível de produção, na medida em que a valorização excessiva que
se dá ao capital, mediante a cobrança de juros escorchantes, inviabiliza o setor
produtivo da economia de um país. Exatamente o que está fazendo FHC, com a sua
política econômica.
O
aumento da produção, entretanto, PODE OU NÃO BENEFICIAR A TODOS, dependendo,
principalmente, da POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. É justo que o trabalhador
também possa usufruir dos benefícios gerados pelo aumento da eficácia de uma
empresa. Só através de uma justa distribuição de renda, o cidadão trabalhador
terá as condições necessárias para uma vida digna, sem precisar da tutela do
Estado, como defendem os liberais. Portanto, ainda que haja aumento da
produção, devemos ficar atentos, uma vez que isso pode resultar,
principalmente, em maior concentração de renda.
A
IMPORTAÇÃO (compra de produtos no exterior) só traz benefícios perenes se
houver equilíbrio com a exportação (venda de produtos para o exterior), para
evitar endividamento.
Vamos
pensar em relação ao orçamento doméstico: ninguém pode gastar além da sua
capacidade de pagamento, para não ficar em situação difícil. A mesma coisa
acontece com o país.
É
espantoso, mesmo com as privatizações, FHC está levando o Brasil à bancarrota.
Nunca a nossa dívida externa foi tão grande. Portanto, que ninguém se iluda,
estamos comprando mais aparelhos eletrônicos, vindo do exterior à custa de uma
crescente dívida externa, que, certamente, nos será cobrada a preço de SANGUE,
SUOR E LÁGRIMAS.
Precisamos
ficar de olhos bem abertos, para não deixar que nos iludam com as suas farsas e
mentiras.
SÓ
DEPENDE DE NÓS
Inventam
planos e planos
Pra
controlar a inflação
Mas
todos são fracassados
Pois
não controlam a ambição
E
no fim de tudo, infelizmente,
É
o povo quem “paga o pato”
De
política econômica covarde
No
Brasil isso tem sido um fato
E,
assim elles ficam mais ricos
Enquanto
o povo mais empobrecido
Têm
como aliados os políticos
Que
com elles são comprometidos
Pois
financiam a campanha
Daquele
que compra o seu voto
A
culpa, em parte, é sua,
Pois
aceitas esse jogo sórdido
Eles
criam cartéis e oligopólios,
E
procuram manter sempre a união
Nisso
devemos seguir seus exemplos
Pois
é fundamental nos darmos às mãos
Só
assim poderemos ser fortes
No
combate às forças do mal
Fazendo
as necessárias mudanças
Em
nosso quadro político e social
É
imprescindível e necessário
Promovermos
a nossa organização
Para
resgate da dignidade do povo
E
conquista dos direitos de cidadão
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