Em
sã consciência sabemos que, no Brasil, não existem as condições básicas para o
exercício de uma democracia efetiva.
O
país é apontado como um dos piores em distribuição de renda, CAMPEÃO DA DESIGUALDADE
SOCIAL, onde 40% vivem abaixo da linha de pobreza. Em países vizinhos, como
Argentina e Uruguai, este nível é de 15%. Detém a marca do pior índice de
analfabetismo, na América Latina. Um dos piores do planeta na área educacional.
Isso tudo não obstante o Brasil ser a oitava economia do mundo. É o RETRATO
VIVO DA INJUSTIÇA.
Não
seria a simples divisão dos poderes constituídos que iria garantir “o poder do
povo, pelo povo, para o povo”.
Em
condições desfavoráveis, principalmente em relação à necessária consciência
plena do cidadão, para a escolha de seus representantes, a democracia não tem
condições de vingar como uma opção para a construção de uma sociedade mais
justa.
Felizmente,
porém, não é apenas a democracia que abre o caminho para a construção de um
mundo melhor.
Os
princípios cristãos, de quem os pratica,
verdadeiramente, no sentido da construção do bem para todos,
conduzem-nos a uma vereda onde caem por terra
os
nossos objetivos egoístas, à medida que buscamos primeiramente o Reino de Deus
e a Sua Justiça.
Sob
a égide do cristianismo, todo homem está moralmente obrigado a amar a Deus de
todo o seu coração e ao próximo como a si mesmo. Porém, toda autoridade tem
ainda uma responsabilidade a mais, no processo da construção do bem. Essa responsabilidade está implícita na
Escritura Sagrada, em Romanos 13:4, que diz: “Visto que a autoridade é ministro
de Deus para o teu bem. Entretanto, se fizeres o mal teme; porque não é sem
motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, para castigar o que
pratica o mal.”
Impotente
e tímido, sob a égide do neoliberalismo, FHC tem usado a espada não contra os
que praticam o mal, mas contra os mais fracos. Portanto, no desempenho da sua
função de autoridade, FHC faz o oposto do que deveria fazer, na condição de
“ministro de Deus.”
Deus
é justo e imutável. Portanto, um verdadeiro cristão jamais se curvaria ao Deus
Mamom.
No
livro de minha autoria, intitulado “Cidadania É para Todos (Inclusive para o
povo cristão)”, o prefaciador, Pr. Delso S. Maciel faz as seguintes
observações:
“Se
não existisse sistema de governo haveria anarquia, então ele é necessário.”
“Dentro
do plano de Deus, o governo civil tem uma função importante: restringir o mal
de todos nós, pela persuasão, pela Lei e, se necessário, pela força.” (Rom:13 3
e 4; I Ped. 2:14).
“Os
profetas de Israel criticaram os reis. Pode acontecer que obedecer ao governo
seja resistir a Deus. Tem que ser ao contrário...”
“O
cristão que estiver em obediência a Deus resistirá ao governo déspota e
corrupto, com meios perfeitamente legais... Resistência às vezes tem que ser
oferecida, porque somos, antes de tudo, ‘Servos de Deus’, dai a Cesar o que é
de Cesar, disse Jesus, e isso não inclui obediência incondicional.”
Sábia
a análise do Pr. Delso.
É
pelo fruto que se conhece a árvore. Portanto, um governante que não cumpre a
sua função de autoridade, no sentido de restringir o mal, pela ótica do
cristianismo é um usurpador. Não se pode reconhecê-lo como “ministro de Deus”,
porque Deus é AMOR e JUSTIÇA.
Autoridade
nenhuma é obrigada a tomar como base leis que vão contra a sua consciência.
Isso é garantido pela Constituição. Portanto, o fato de vivermos numa
democracia capenga não se constitui em impedimento ou justificativas para
nossas autoridades não assumirem atitudes coerentes com as suas obrigações
morais.
Os
brasileiros cristãos conscientes
clamam
por justiça
Fazem
suas as vozes dos torturados
pela
miséria, pela fome
e
pela desesperança
Lutando
pela reconstrução do Brasil social,
elevam
suas vozes em uníssono
em
prol do resgate da ética nacional.
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