INÍCIO

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SOB A ÉGIDE DO CRISTIANISMO: UM USUPADOR

Em sã consciência sabemos que, no Brasil, não existem as condições básicas para o exercício de uma democracia efetiva.
O país é apontado como um dos piores em distribuição de renda, CAMPEÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL, onde 40% vivem abaixo da linha de pobreza. Em países vizinhos, como Argentina e Uruguai, este nível é de 15%. Detém a marca do pior índice de analfabetismo, na América Latina. Um dos piores do planeta na área educacional. Isso tudo não obstante o Brasil ser a oitava economia do mundo. É o RETRATO VIVO DA INJUSTIÇA.
Não seria a simples divisão dos poderes constituídos que iria garantir “o poder do povo, pelo povo, para o povo”.
Em condições desfavoráveis, principalmente em relação à necessária consciência plena do cidadão, para a escolha de seus representantes, a democracia não tem condições de vingar como uma opção para a construção de uma sociedade mais justa.
Felizmente, porém, não é apenas a democracia que abre o caminho para a construção de um mundo melhor.
Os princípios cristãos, de quem os pratica,  verdadeiramente, no sentido da construção do bem para todos, conduzem-nos a uma vereda onde caem por terra
os nossos objetivos egoístas, à medida que buscamos primeiramente o Reino de Deus e a Sua Justiça.
Sob a égide do cristianismo, todo homem está moralmente obrigado a amar a Deus de todo o seu coração e ao próximo como a si mesmo. Porém, toda autoridade tem ainda uma responsabilidade a mais, no processo da construção do bem.  Essa responsabilidade está implícita na Escritura Sagrada, em Romanos 13:4, que diz: “Visto que a autoridade é ministro de Deus para o teu bem. Entretanto, se fizeres o mal teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, para castigar o que pratica o mal.”
Impotente e tímido, sob a égide do neoliberalismo, FHC tem usado a espada não contra os que praticam o mal, mas contra os mais fracos. Portanto, no desempenho da sua função de autoridade, FHC faz o oposto do que deveria fazer, na condição de “ministro de Deus.”
Deus é justo e imutável. Portanto, um verdadeiro cristão jamais se curvaria ao Deus Mamom.
No livro de minha autoria, intitulado “Cidadania É para Todos (Inclusive para o povo cristão)”, o prefaciador, Pr. Delso S. Maciel faz as seguintes observações:
“Se não existisse sistema de governo haveria anarquia, então ele é necessário.”
“Dentro do plano de Deus, o governo civil tem uma função importante: restringir o mal de todos nós, pela persuasão, pela Lei e, se necessário, pela força.” (Rom:13 3 e 4; I Ped. 2:14).
“Os profetas de Israel criticaram os reis. Pode acontecer que obedecer ao governo seja resistir a Deus. Tem que ser ao contrário...”
“O cristão que estiver em obediência a Deus resistirá ao governo déspota e corrupto, com meios perfeitamente legais... Resistência às vezes tem que ser oferecida, porque somos, antes de tudo, ‘Servos de Deus’, dai a Cesar o que é de Cesar, disse Jesus, e isso não inclui obediência incondicional.”
Sábia a análise do Pr. Delso.
É pelo fruto que se conhece a árvore. Portanto, um governante que não cumpre a sua função de autoridade, no sentido de restringir o mal, pela ótica do cristianismo é um usurpador. Não se pode reconhecê-lo como “ministro de Deus”, porque Deus é AMOR e JUSTIÇA.
Autoridade nenhuma é obrigada a tomar como base leis que vão contra a sua consciência. Isso é garantido pela Constituição. Portanto, o fato de vivermos numa democracia capenga não se constitui em impedimento ou justificativas para nossas autoridades não assumirem atitudes coerentes com as suas obrigações morais.

Os brasileiros cristãos conscientes
clamam por justiça
Fazem suas as vozes dos torturados
pela miséria, pela fome
e pela desesperança
Lutando pela reconstrução do Brasil social,
elevam suas vozes em uníssono
em prol do resgate da ética nacional.


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