Corrupção
é um fenômeno de degradação moral, apontado como um dos principais elementos
causadores do caos social, em que vivemos, fruto do egoísmo e da ambição,
reinantes no coração do homem.
A
corrupção campeia de norte a sul do país, em virtude da impunidade, tanto por
falhas na Legislação, como por falta de autoridades com consciência ética.
É a raiz de muitos males, porque dilapida o
patrimônio público e corrói os recursos que deveriam ser utilizados na
assistência social aos mais necessitados e para promover o bem comum.
Não
posso afirmar que o presidente FHC é corrupto. Porém, infelizmente, também não
posso dizer nada ao contrário, enquanto não ficarem bem esclarecidos vários
indícios de corrupção, que surgiram em seu governo. E, para apurar com a
profundidade necessária, que exige a gravidade dos fatos, só através de CPIs.
Aliás,
FHC era Ministro da Fazenda, do presidente Itamar Franco, quando veio à tona o
primeiro fato que colocou em xeque o seu caráter de homem público: Em matéria,
muito bem documentada, a revista “Isto É”, nº 258, de 10 de novembro de 1993,
publicou uma grave denúncia contra FHC. Nela foi revelado que, em 12 de maio de
1989, o então senador Fernando Henrique Cardoso comprou uma fazenda, no
município de Buritis, Minas Gerais, em parceria com o seu amigo, e “caixa” de
suas campanhas eleitorais, o Sr. Sérgio Motta, com “fortes indícios de
sonegação de impostos.”
A
transação descrita na matéria levou-me a inferir que o presidente FHC é tão
“sortudo” quanto João Alves, o “anão” da CPI do orçamento. A diferença é que,
enquanto o “anão” ganhou centenas de vezes na loteria, “com a graça de Deus”, o
nosso presidente sortudo encontrou uma alma generosa, que comprou uma fazenda,
em 1981, por uma valor equivalente a US$ 140 mil (cento e quarenta mil
dólares), vendendo-a, oito anos depois, para FHC, por um valor equivalente a
apenas US$ 2 mil (dois mil dólares). Portanto, um preço 70 (setenta) vezes
menos em relação ao valor pago pela fazenda, anteriormente.
Por
que será que a imprensa amestrada silenciou vergonhosamente, diante dessa grave
denúncia?
Prosseguindo
minha análise, outro fato que veio corroborar para a visão negativa que tenho
do presidente FHC, foi o seguinte:
O
ex-presidente Itamar Franco criou a Comissão Especial de Investigação, a CEI,
constituída por representantes da sociedade civil, e presidida pelo ex-ministro
Romildo Canhim, para que fosse subsidiado com informações a respeito da
corrupção existente, no país. No final de 1994, essa comissão divulgou um
relatório que revelou a extensão e a gravidade do problema. Esse estudo mostrou
que, após a era Collor, a corrupção não só aumentou como se tornou muito mais
sofisticada. Os dados revelados são estarrecedores. Mostram que a corrupção
está presente em todos os setores da administração pública, consumindo 40%
(quarenta por cento) de todo o valor que o Estado investe em obras, bens e
serviços.
Estranhamente,
porém, uma das primeiras coisas que fez FHC, foi acabar com a CEI, numa clara
demonstração de que UM GOVERNO TRANSPARENTE NÃO ESTAVA NOS SEUS PLANOS.
FHC
não quer nem ouvir falar em se apurar os indícios de corrupção que têm surgido
em seu governo. Foi assim no caso SIVAM, no caso da Pasta Rosa, nas várias
tentativas de se criar uma CPI do sistema financeiro, no caso da compra de
votos, para que o projeto da reeleição fosse aprovado, e, a meu, o maior de
todos: a denúncia do jornalista Hélio Fernandes, no jornal Tribuna da Imprensa,
edição de 24.04.97, que aponta o filho de FHC, Paulo Henrique, como segunda
pessoa do maior beneficiado com as privatizações do governo, o Sr. Benjamim
Steinbruck, “comprador” da Vale do Rio Doce e da Light, entre outras estatais.
É estranho. Muito estranho!
É
verdade que, como diz o ditado popular: “filho de peixe peixinho é”. Mas,
realmente, é espantosa a sorte de pai e filho.
Outra
“sortuda” da família é a nora do FHC. Fazia parte da diretoria do Banco
Nacional. Um dos que foram ajudados pelo imoral PROER.
É
fato que a corrupção existe. Não ia desaparecer num passe de mágica. É
inegável, também, que não é fácil de ser combatida. Todavia, É IMORAL JOGÁ-LA
PARA DEBAIXO DO TAPETE, como forma de mascarar a realidade, como tem feito FHC.
Qualquer autoridade que assim procede está, no mínimo, sendo conivente com a
corrupção, exatamente o oposto da atitude que deve tomar, na condição de agente
moral.
A
concentração do poder político e a falta de transparência na administração
pública são ingredientes que favorecem a corrupção. Para combatê-la exorto os cidadãos
brasileiros a não ficarem de braços cruzados. Precisamos caminhar no sentido do
aperfeiçoamento da nossa pobre democracia.
Diga
não à corrupção. É de fundamental importância envidar esforços para
revigorarmos os valores democráticos.
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