INÍCIO

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

INDÍCIOS DE UM GOVERNO CORRUPTO

Corrupção é um fenômeno de degradação moral, apontado como um dos principais elementos causadores do caos social, em que vivemos, fruto do egoísmo e da ambição, reinantes no coração do homem.
A corrupção campeia de norte a sul do país, em virtude da impunidade, tanto por falhas na Legislação, como por falta de autoridades com consciência ética.
 É a raiz de muitos males, porque dilapida o patrimônio público e corrói os recursos que deveriam ser utilizados na assistência social aos mais necessitados e para promover o bem comum.
Não posso afirmar que o presidente FHC é corrupto. Porém, infelizmente, também não posso dizer nada ao contrário, enquanto não ficarem bem esclarecidos vários indícios de corrupção, que surgiram em seu governo. E, para apurar com a profundidade necessária, que exige a gravidade dos fatos, só através de CPIs.
Aliás, FHC era Ministro da Fazenda, do presidente Itamar Franco, quando veio à tona o primeiro fato que colocou em xeque o seu caráter de homem público: Em matéria, muito bem documentada, a revista “Isto É”, nº 258, de 10 de novembro de 1993, publicou uma grave denúncia contra FHC. Nela foi revelado que, em 12 de maio de 1989, o então senador Fernando Henrique Cardoso comprou uma fazenda, no município de Buritis, Minas Gerais, em parceria com o seu amigo, e “caixa” de suas campanhas eleitorais, o Sr. Sérgio Motta, com “fortes indícios de sonegação de impostos.”
A transação descrita na matéria levou-me a inferir que o presidente FHC é tão “sortudo” quanto João Alves, o “anão” da CPI do orçamento. A diferença é que, enquanto o “anão” ganhou centenas de vezes na loteria, “com a graça de Deus”, o nosso presidente sortudo encontrou uma alma generosa, que comprou uma fazenda, em 1981, por uma valor equivalente a US$ 140 mil (cento e quarenta mil dólares), vendendo-a, oito anos depois, para FHC, por um valor equivalente a apenas US$ 2 mil (dois mil dólares). Portanto, um preço 70 (setenta) vezes menos em relação ao valor pago pela fazenda, anteriormente.
Por que será que a imprensa amestrada silenciou vergonhosamente, diante dessa grave denúncia?
Prosseguindo minha análise, outro fato que veio corroborar para a visão negativa que tenho do presidente FHC, foi o seguinte:
O ex-presidente Itamar Franco criou a Comissão Especial de Investigação, a CEI, constituída por representantes da sociedade civil, e presidida pelo ex-ministro Romildo Canhim, para que fosse subsidiado com informações a respeito da corrupção existente, no país. No final de 1994, essa comissão divulgou um relatório que revelou a extensão e a gravidade do problema. Esse estudo mostrou que, após a era Collor, a corrupção não só aumentou como se tornou muito mais sofisticada. Os dados revelados são estarrecedores. Mostram que a corrupção está presente em todos os setores da administração pública, consumindo 40% (quarenta por cento) de todo o valor que o Estado investe em obras, bens e serviços.
Estranhamente, porém, uma das primeiras coisas que fez FHC, foi acabar com a CEI, numa clara demonstração de que UM GOVERNO TRANSPARENTE NÃO ESTAVA NOS SEUS PLANOS.
FHC não quer nem ouvir falar em se apurar os indícios de corrupção que têm surgido em seu governo. Foi assim no caso SIVAM, no caso da Pasta Rosa, nas várias tentativas de se criar uma CPI do sistema financeiro, no caso da compra de votos, para que o projeto da reeleição fosse aprovado, e, a meu, o maior de todos: a denúncia do jornalista Hélio Fernandes, no jornal Tribuna da Imprensa, edição de 24.04.97, que aponta o filho de FHC, Paulo Henrique, como segunda pessoa do maior beneficiado com as privatizações do governo, o Sr. Benjamim Steinbruck, “comprador” da Vale do Rio Doce e da Light, entre outras estatais. É estranho. Muito estranho!
É verdade que, como diz o ditado popular: “filho de peixe peixinho é”. Mas, realmente, é espantosa a sorte de pai e filho.
Outra “sortuda” da família é a nora do FHC. Fazia parte da diretoria do Banco Nacional. Um dos que foram ajudados pelo imoral PROER.
É fato que a corrupção existe. Não ia desaparecer num passe de mágica. É inegável, também, que não é fácil de ser combatida. Todavia, É IMORAL JOGÁ-LA PARA DEBAIXO DO TAPETE, como forma de mascarar a realidade, como tem feito FHC. Qualquer autoridade que assim procede está, no mínimo, sendo conivente com a corrupção, exatamente o oposto da atitude que deve tomar, na condição de agente moral.
A concentração do poder político e a falta de transparência na administração pública são ingredientes que favorecem a corrupção. Para combatê-la exorto os cidadãos brasileiros a não ficarem de braços cruzados. Precisamos caminhar no sentido do aperfeiçoamento da nossa pobre democracia.
Diga não à corrupção. É de fundamental importância envidar esforços para revigorarmos os valores democráticos.




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